Bolsonaro pede reabertura de escolas e fim do confinamento: "nossa vida tem que continuar"


Em pronunciamento transmitido na noite desta terça-feira, 24, em rede nacional, o presidente Jair Bolsonaro disse que autoridades estaduais e municipais devem abandonar o "conceito de terra arrasada", com proibição de transportes, comercio fechado e confinamento em massa.

            "O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é de pessoas acima               de 60 anos. Então, por que fechar escolas?"




O presidente fez críticas às medidas de enfrentamento à pandemia de coronavírus. "Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado", destacou.

No mesmo vídeo, o presidente da República criticou a cobertura dos meios de comunicação acerca da covid-19, dizendo que foi espalhada sensação de pavor, sendo usados, para isto, os números de mortes na Itália - país que, destacou o presidente, tem grande número de idosos e clima diferente do Brasil.

Em seguida, disse que parte da imprensa mudou o editorial, pedindo calma e tranquilidade, e elogiou a atitude.

Disse, por fim, que, se for contaminado pelo vírus, nada sentiria ou seria acometido por uma "gripezinha" ou um "resfriadinho" devido ao seu histórico de atleta.

Reação

Em nota à imprensa, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e seu vice, Anastasia, criticaram a fala do presidente. A nota diz que o país precisa de liderança séria e responsável, e que a posição do presidente, com ataque às medidas para conter a covid-19, é contrária à orientação da própria OMS. 

Veja a íntegra:

A Sociedade Brasileira de Infectologia, filiada à Associação Médica Brasileira, também reagiu ao pronunciamento. Diz ver com preocupação a posição do presidente contra o fechamento de escolas e ao referir-se à nova doença como "resfriadinho". Isto porque as falas podem dar à população a impressão de que as medidas de contenção social são inadequadas.

       "A pandemia é grave, pois até hoje já foram registrados mais de 420 mil casos                      confirmados no mundo e quase 19 mil óbitos. (...) A epidemia é dinâmica, assim como         devem ser as medidas para minimizar sua disseminação. “Ficar em casa” é a resposta         mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente          as mais populosas."

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