Flávio Rocha, 60, pré-candidato do PRB à Presidência, diz não ser “politicamente correto” e por isso não tem medo de defender o direito de a população se armar e a redução da maioridade penal.
Em entrevista à TV Folha, ele chama de “terroristas” movimentos como o MST (Movimento Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
CEO do grupo Guararapes, dono da Riachuelo, Rocha se diz liberal na economia, “um guardião da competitividade”. “Mas em contraposição a esse ciclo que queremos deixar para trás, que é o da inversão de valores.”
DISCURSO
Há muitos candidatos que ficam confinados nos temas econômicos, falando em eficiência do Estado e privatização. Não é isso o que vai mexer com o coração do eleitor, que está particularmente angustiado com temas que dizem respeito a valores, como corrupção e criminalidade.
Apesar de o centro estar congestionado, existe espaço para um candidato que possa ser um guardião da competitividade, mas que tenha coerência na questão dos valores, em contraposição a esse ciclo que nós queremos deixar para trás, que é o da inversão de valores.
SEGURANÇA
Na segurança existe um temor paranoico da classe política do politicamente correto, e por isso temas como redução da maioridade penal ficam praticamente órfãos.
Acreditar que a criminalidade se deve à desigualdade e à pobreza é uma injustiça com os mais pobres, tendo em vista que a imensa maioria dos mais pobres é vitima da desigualdade e não é feita de criminosos.
Nossa crença tem a ver com a crença da economia. Se a riqueza é mérito individual, a culpa não deve ser socializada. Pois se a culpa é de todos, ela não é de ninguém.
O criminoso é um indivíduo que tomou a decisão solitária de puxar o gatilho. Acreditar diferente é um caminho para a impunidade.
Não sou a favor da pena de morte porque o único que pode tirar uma vida é Deus. Com relação ao desarmamento, sou contra o monopólio da força pelo Estado.
DEU NO FOLHAPRESS